Papilomatose bovina: Uma revisão narrativa de literatura

Resumo

Introdução: A papilomatose bovina é uma enfermidade infectocontagiosa de origem viral que ocorre pela ação de um vírus da família Papovaviridae do gênero Papillomavirus. Essa enfermidade é de característica tumoral benigno e de natureza fibroepitelial nos animais, sendo caracterizadas de alterações em pele e mucosa, onde irá infectar as células basais de epitélio e fibroplastos, formando as projeções digitiformes microscópicas ou macroscópicas, apresentando papilomas de visualização macroscópicas em formato de couve-flor nos bovinos. Os papilomas podem se desenvolver em diversas regiões do corpo do animal ou apresentar-se de forma generalizada. Características como idade, manejo inadequado e imunodeficiência são fatores importantes na proliferação e contaminação do rebanho com esse vírus. Metodologia: Os métodos de diagnósticos que são utilizados com uma maior frequência são as técnicas de exames histopatológicos e PCR. Achados literários nos levaram a identificar que atualmente encontra-se em frequente recorrência a contaminação de bovinos por papilomatose, sendo assim, faz-se necessário a abordagem da temática com uma certa relevância na atualidade. Objetivo: Esse trabalho objetivou analisar a auto hemoterapia como forma de tratamento em bovinos contaminados com papilomavírus. Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, tendo com instrumento de coleta de dados os artigos científicos publicados em periódicos eletrônicos, compreendendo o período de 2018 a 2023. Empregou-se, ainda, os seguintes descritores: “Papilomatose bovina”, “Auto hemoterapia” e “Sangue”. Resultados e discussões: A papilomatose é uma enfermidade bastante recorrente nos animais e que chega a acometer cerca de 75% do rebanho quando manejado de forma inadequada e sem iniciar algum tipo de tratamento ou controle desse vírus. O tratamento de auto-hemoterapia é muito utilizado no combate a animais contaminados com papilomatose, sendo empregado a técnica de retirar sangue venoso do animal contaminado e fazer a aplicação em regiões subcutâneas ou intramuscular no mesmo animal, desencadeando uma resposta imunológica. O sangue venoso retirado pode ser administrado de forma subcutânea ou intramuscular, onde irá desencadear mudanças teciduais a partir da entrada de uma proteína desconhecida, ocorrendo assim, uma resposta fagocitária. O tratamento é realizado de forma simples, fazendo a coleta de em média 20ml de sangue venoso em uma seringa sem substancias anticoagulante, e, realizadas duas aplicações intramusculares profundas, sendo o musculo de principal escolha o glúteo, uma aplicação em cada lado. Esse tratamento pode ser realizado com diversos protocolos terapêuticos, sendo o de maior frequência 10 aplicação por animal, com intervalo de 07 dias entre aplicações, podendo também instituir tratamentos coadjuvantes de outras técnicas e fármacos alternativos, onde favorecerá uma melhor eliminação dos papilomas e um maior controle da patologia no rebanho. Considerações finais:Outra alternativa para o uso desse método de terapia, é para animais que estão acometidos com hemoparasitoses, onde estudos afirmaram que realizar o tratamento para hemoparasitas e auto-hemoterapia induz um resultado mais positivo do controle parasitário. Para tanto, a papilomatose bovina gera grandes prejuízos dentro do rebanho, onde tem um grande fator de contaminação e baixa os teores de produtividade dos animais. Levando em consideração que o tratamento de auto hemoterapia em bovinos acometidos por papilomatose é muito eficaz e tem respostas imunológicas positivas, reduzindo as lesões, cessando o fator de transmissão, tornando um dos métodos de escolha para tratar essa enfermidade.