Estratégias e adaptações para promover a inclusão de pessoas com deficiência na dança

Autores

  • Breno Machado Pinheiro
  • Pedro Miguel Fiuza Serafim
  • Ravigna Vidal Sampaio
  • Saulo Soares Machado
  • Evandro Nogueira de Oliveira

Resumo

Introdução: A inclusão é um princípio fundamental na sociedade em geral. Quando se trata de educação, seja em espaços formais ou informais, é necessário fazer valer esse princípio. Nesse sentido, este trabalho aborda a dança como uma forma de expressão que transcende barreiras culturais e linguísticas, onde todos devem ter a oportunidade de participar e desfrutar dessa forma de expressão artística, independentemente de suas habilidades ou limitações. A dança inclusiva concentra-se em criar um ambiente onde pessoas com ou sem deficiência possam se envolver de forma significativa e contribuir com suas experiências. Objetivo:Este estudo tem como objetivo investigar estratégias e adaptações que tornam a dança acessível, promovendo a inclusão e a participação. Metodologia: A revisão de literatura envolveu a pesquisa de estudos acadêmicos, artigos, relatórios e recursos relacionados à dança inclusiva. Foram utilizadas bases de dados acadêmicas, como Scielo e Google Scholar, para identificar publicações relevantes nos últimos 5 anos. As palavras-chave utilizadas incluíram "dança inclusiva", "dança adaptativa", "deficiência e dança" e "inclusão na dança". A seleção dos estudos baseou-se na relevância para o tema da dança inclusiva e nas informações sobre estratégias e adaptações específicas. Resultados e Discussões: A revisão de literatura revelou uma série de estratégias e adaptações quetornam a dança acessível a pessoas com diferentes tipos de deficiência. Neste estudo, consideramos quatro propostas: Variação de Intensidade e Ritmo: Muitas pessoas com deficiência podem ter limitações físicas, tornando difícil acompanhar movimentos complexos de alta intensidade. A variação de intensidade e ritmo da dança pode tornar a experiência mais acessível, permitindo que os participantes escolham o nível de esforço que lhes convém. Sinalização Visual e Tátil: Para pessoas com deficiência visual, a dança pode ser adaptada com o uso de sinalização visual e tátil. Parceiros ou instrutores podem fornecer orientações por meio de gestos, toques e comandos verbais. Comunicação Não Verbal: A dança se baseia fortemente na comunicação não verbal, o que a torna acessível a pessoas com deficiência auditiva. A inclusão de sinais e gestos pode enriquecer a experiência e facilitar a comunicação. Coreografias Flexíveis: As coreografias podem ser adaptadas para acomodar diferentes níveis de habilidade. Isso permite que grupos diversos de dançarinos participem juntos, independentemente de suas habilidades individuais. Nesse sentido, entende-se que a dança inclusiva é uma prática que vai muito além do simples ato de permitir que pessoas com deficiência participem de aulas de dança. Envolve a adaptação das atividades para que todos possam se envolver de maneira significativa e contribuir para a experiência. Essa abordagem promove a inclusão social, o respeito pela diversidade e o bem-estar emocional e físico dos participantes. Considerações Finais: A dança inclusiva é uma abordagem que valoriza a diversidade e promove a participação de pessoas com diferentes tipos de deficiência. A revisão da literatura destacou diversas estratégias e adaptações que podem tornar a dança mais acessível a todos. No entanto, é importante ressaltar que a dança inclusiva não é apenas sobre a adaptação de movimentos; envolve a criação de um ambiente inclusivo, o que requer o comprometimento de educadores e da sociedade em geral. Isto é, ao promover a dança numa perspectiva inclusiva, não estamos focando apenas numa questão de acessibilidade, mas também de justiça e igualdade.

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Publicado

2024-06-28