A contribuição da Educação Inclusiva na redução do preconceito em famílias homoafetivas no brasil

Autores

  • Davi Carmo Alencar
  • Davi Dias Carvalho
  • Iara Moreira de Oliveira
  • Susane Maria da Silva Fernandes
  • Wanessa Moreira da Silva
  • Antônio Martins Vieira e Silva junior

Resumo

INTRODUÇÃO: A compreensão acerca da família modificou-se ao longo dos anos com o intuinto de abarcar todas as configurações existentes. Atualmente, a família tem como base os laços de afetos, como a família homoafetiva, a qual é constituída por duas pessoas do mesmo sexo, formando uma entidade familiar. O conceito de família está pautado numa construção social constituído por regras culturais, sociais e jurídicas, logo precisa ser estudado e dialogado tais conceitos no meio educacional visando o respeito às diferenças e à inclusão social, buscando a redução do preconceito. A educação é a base de uma sociedade igualitária, pois é capaz de gerar o aprimoramento intectual, social e político do indivíduo, desenvolvendo sua capacidade de aceitação e respeito à diversidade. Dessa forma, é necessária a prática da educação sobre diversidade nas escolas, ampliando o ensino sobre as novas configurações familiares, contruibuindo na formação da cidadania e da redução do preconceito enfrentado por familías homoafetivas brasileiras.  OBJETIVOS: Compreender como a implementação efetiva da educação inclusiva pode contribuir na redução do preconceito enfrentado por famílias homoafetivas, com o intuito de contribuir para a promoção da igualdade e aceitação da diversidade. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa a partir da análise de artigos relacionados a educação, configuração de famílias homoparentais e estudos anteriores conexos à interseção entre educação inclusiva e famílias homoafetivas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O casamento homoafetivo no Brasil obteve reconhecimento por meio de um processo jurídico que teve início em maio de 2011, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu a união estável entre casais do mesmo sexo como entidade familiar. Em 2013, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) emitiu a Resolução 175/2013, determinando que os cartórios oficializassem casamentos entre casais do mesmo sexo, concedendo a eles os mesmos direitos e responsabilidades que casais heterossexuais. Outro marco importante para casais formados por pessoas do mesmo sexo é a adoção homoparental, que foi permitida desde 2015 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, apesar dessas mudanças legais, a adoção por casais homoafetivos enfrenta obstáculos como a falta de aceitação por parte da população e desafios burocráticos. A escola é vista como uma instituição central na promoção da unidade nacional, transmitindo conteúdos educacionais unificados, valores culturais e morais. Além disso, desempenha um papel importante na construção do conhecimento de crianças e adolescentes, abordando questões relacionadas à inclusão e diversidade. A educação inclusiva reconhece as diferenças entre os indivíduos e promove a inclusão, respeitando as diversas identidades e eliminando preconceitos. Portanto, é fundamental considerar o papel das escolas na promoção de uma sociedade mais justa e igualitária. CONCLUSÃO: A evolução do conceito de família, incorporando a família homoafetiva, destaca a necessidade premente de reformular a educação. O reconhecimento do casamento e da adoção por casais do mesmo sexo no Brasil, embora um avanço legal, enfrenta desafios como resistência social e burocracia. A escola desempenha um papel crucial na promoção da aceitação da diversidade e na redução do preconceito enfrentado por famílias homoafetivas. A implementação eficaz da educação inclusiva, com ênfase nas novas configurações familiares, é imperativa. Assim, a educação inclusiva é uma ferramenta essencial para construir uma sociedade mais tolerante e igualitária. Ao educar para o respeito à diversidade, a escola capacita cidadãos conscientes e promove a inclusão. Isso não só beneficia famílias homoafetivas, mas também enriquece a nossa sociedade, contribuindo para um ambiente mais acolhedor e diversificado.

Publicado

2024-05-05