Discutindo a atuação eficaz do Hypericum Perforatum l (Erva de São João) no tratamento da depressão

Autores

  • Victória Cândida Guedes de Lima Centro Universitário Vale do Salgado - UniVS
  • Thalyta Amália Feitosa Fernandes Centro Universitário Vale do Salgado (UniVS)
  • Tadeu Lucas de Lavor Filho Universidade Estadual do Ceará

Resumo

Introdução: Os fármacos produzidos pela indústria farmacêutica ocupam um grande espaço na sociedade devido a sua eficácia comprovada cientificamente, o que assegura às pessoas para fazerem seu uso. Porém, vale ressaltar os efeitos das medicações fitoterápicas as quais também demonstram a sua eficácia, entretanto, assim como qualquer outro fármaco, é importante evidenciar que, quando utilizadas em grandes dosagens, podem ser tóxicas ao nosso corpo, exigindo assim um efeito cauteloso desta medicação (FURTADO; 2017). Levando em consideração os impactos advindos do conhecimento do senso comum e das culturas serem muito veementes nas comunidades, estes por sua vez, não possuem nenhum embasamento teórico-científico, todavia existem alguns fármacos fitoterápicos que são reconhecidos pela indústria por sua eficácia científica, como é o caso da Erva de São João ou Hipérico (Hypericum perforatum L) isso através de suas interações medicamentosas à base de hipérico e por meio de uso discriminado. Objetivo: Discutir o conhecimento acerca da eficácia científica do fármaco Hypericum perforatum L (Erva-de-São-João) no tratamento convencional da depressão. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo exploratório, com a análise de artigos científicos publicados nos últimos seis anos com o uso dos descritores “fitoterápico, depressão, fármaco e científico” Os critérios de inclusão foram somente os artigos que tratavam sobre medicações fitoterápicas, com o intuito de trazer a relevância dos fitoterápicos nos tratamentos depressivos e ou ansiosos. Foram analisados ao todo 4 estudos em um universo de 100 artigos na plataforma Biblioteca Virtual em Saúde. Resultados e discussões: A utilização de plantas fitoterápicas acerca do tratamento de melhoria e prevenção de doenças é algo que atravessa a humanidade por séculos, com isso é importante buscar conhecimentos científicos dos seus efeitos e, sobretudo, de seus fins terapêuticos. Isso não sugere apenas uma melhora na qualidade de vida, mas também a evolução científica das ervas medicinais e a sua funcionalidade. Desse modo, entende-se que a depressão se trata de um transtorno psíquico, listado no DSM-V (2023) dentre os transtornos de humor, que afeta o indivíduo gradualmente a partir de uma tristeza constante, desconforto emocional, avolição em atividades tidas como básicas, irritabilidade e outras sintomatologias que, somadas, desencadeiam um quadro de isolamento e desprazer que vai se agravando com o tempo até se enquadrar num estado avançado da depressão. Logo, é de conhecimento geral que existem muitos psicofármacos destinados exclusivamente para o tratamento da depressão, os quais oferecem reações adversas, muitas vezes agressivas, aos usuários como má qualidade de sono, letargia e cefaleia, sem mencionar seu custo elevado. Contudo, estudos recentes apontam que a prescrição de medicamentos fitoterápicos por psiquiatras vem aumentando significativamente, devido à comprovação científica, por estudos clínicos, afirmar sua segurança e eficiência no tratamento de muitos distúrbios psíquicos, como a depressão. É o caso do fármaco Hypericum perforatum L, ou conhecido popularmente por Erva de São João, um antidepressivo natural que está se destacando no tratamento convencional da depressão (nível leve a moderada) por sua ação terapêutica desejável, além de se caracterizar como uma opção de melhor custo-benefício sem muitos efeitos colaterais, comparado aos psicofármacos sendo assim mais um fator importante para a redução significativa do estresse, além promoção da saúde mental atuando principalmente nos quesitos de insônia, hipersônia, agitação, humor etc. Uma das substâncias atuantes para a atividade antidepressiva é o hipérico, o qual desempenha uma função inibitória em alguns neurotransmissores em sua recaptação sendo eles a noradrenalina, serotonina, glutamato e a dopamina. Essa substância está presente na Erva de São João, bem como outros pigmentos também atuantes de atividade antidepressiva. Considerações finais: Em síntese, torna-se relevante destacar a imensa contribuição que o Hypericum perforatum L ou Erva de São João possui para o tratamento antidepressivo, sendo uma opção fitoterápica com eficiência científica comprovada, baixo custo, baixas taxas de reações adversas, contudo exigindo uma cautela em seu consumo, uma vez que se trata de um medicamento, como qualquer outro.

Biografias Autor

Victória Cândida Guedes de Lima, Centro Universitário Vale do Salgado - UniVS

Graduanda do curso de Psicologia pelo Centro Universitário Vale do Salgado. E-mail: victoriacandidalima@gmail.com

Thalyta Amália Feitosa Fernandes, Centro Universitário Vale do Salgado (UniVS)

Graduanda do curso de Psicologia pelo Centro Universitário Vale do Salgado. E-mail: 

Publicado

2024-04-19