SAÚDE MENTAL DE PROFISSIONAIS QUE ATUAM EM HOSPITAIS INFANTIS: UM DEBATE SOBRE A SAÚDE DO TRABALHADOR
Abstract
O contato frequente com crianças em situações de sofrimento é capaz de trazer sérios riscos à saúde mental dos diversos profissionais de uma equipe hospitalar. O sentimento de empatia pode levar tais trabalhadores aos quadros de sofrimento, estresse, desordem psicoemocional, ansiedade e síndrome de burnout. Neste entrave, sabe-se que o ambiente hospitalar é repleto de sobrecarga emocional, dor e cuidado; além dos seus aspectos práticos e cotidianos, como a extensa carga horária dos profissionais, dificuldades em relação às más condições de trabalho, baixa remuneração, participação no diagnóstico e no tratamento e a possibilidade de óbitos de pacientes infanto-juvenis. A literatura mostra que o serviço em saúde pediátrica é um grande causador de estresse e desgaste emocional em seus profissionais, muitos destes ficando por tempo reduzido no ofício (GUERRA; OLIVEIRA; SANDE; TERRERI; LEN, 2016). Isso se dá, principalmente, àqueles trabalhadores que são pais e, portanto, colocando-se no lugar daquelas famílias que estão passando por situações dolorosas com seus descendentes. Os objetivos do presente resumo expandido é a discussão, através da revisão da literatura, do perfil dos profissionais dos hospitais infantis e sua saúde mental, assim como os danos que o ambiente hospitalar pode proporcionar ao trabalhador. A vista disso, com esta debate, é possível nos levar à reflexão de como esses trabalhadores estão sendo tratados nos serviços públicos e privados de saúde e a necessidade de construção de políticas públicas para prevenção e tratamento de possíveis quadros clínicos psicopatológicos.
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