Fatores associados ao estresse em professores

Authors

  • Vitória Juvenço Andrade
  • Vívian Hellen Campos Virgínio
  • Lielton Maia Silva

Abstract

INTRODUÇÃO: Os profissionais docentes lutam contra o enfrentamento relacionado ao estresse no ambiente de trabalho, que estão associados a desvalorização, o salário de baixa qualidade e a carga horária excessiva, que é uma grande problemática que afeta o psicológico desses sujeitos. Sendo assim, esse estresse não gera somente o desgaste psicológico, mas também vem acompanhado dos sintomas físicos, que prejudicam o desempenho dos docentes nas realizações das atividades, gerando o cansaço, o desconforto e a redução da capacidade de manter uma vida saudável e equilibrada. Com isso, pode desencadear problemas de saúde, interpessoais, emocionais, irritação, a dificuldade de lidar com pessoas do convívio diário. Contudo, a presença da exaustão e a tensão acaba chegando ao limite e resultando em um estresse excessivo. OBJETIVO: O presente trabalho tem como objetivo compreender e definir os fatores associados ao estresse em professores. METODOLOGIA: O estudo teve início a partir da definição do tema, que ocorreu no mês de outubro. Logo após, foram feitas pesquisas bibliográficas através do Google Acadêmico, Scielo e do Portal Periódicos CAPES, tal metodologia se encaixa na modalidade qualitativa. Segundo Gil (2021) o que se procura com a pesquisa qualitativa, é descobrir conceitos e ligações entre os dados, organizando-os de maneira explicativa, logo, é uma abordagem de pesquisa caracterizada fundamentalmente pela interpretação (Gil, 2021). RESULTADOS E DISCUSSÕES: A desvalorização profissional dos docentes, juntamente com excessivas horas de trabalho e salários baixos, trazem evidências dos problemas relacionados a essa profissão. Segundo Miguez e Braga (2018), muitos dos professores têm buscado outras áreas, desejando um melhor retorno financeiro e condições mais favoráveis de trabalho. Um dos problemas predominantes dos docentes no ambiente escolar é o alto nível de estresse, sendo necessário identificar quais fatores estão ligados ao estresse e que interferem no bem-estar e desempenho dos professores (Miguez; Braga, 2018). O estresse pode ser entendido como uma reação inespecífica do organismo diante de qualquer situação que mude a vida do sujeito, que pode ser positiva ou negativa. Se trata de uma reação natural e fundamental para a sobrevivência humana, que gera respostas associadas à luta e fuga. No ambiente de trabalho, é caracterizado por sintomas como exaustão, negativismo e como consequência, o distanciamento do trabalho. A docência é observada como uma profissão com os maiores níveis de estresse, sendo que os professores precisam lidar diariamente com uma rotina excessiva e cansativa. O ambiente de trabalho é o principal fator causador de problemas de saúde, alguns motivos para isso estão relacionados ao acúmulo de atividades, a organização interna das instituições, pouco apoio aos colegas, comportamento inadequado dos alunos, pressão para produção científica e a necessidade de desenvolvimento profissional que afetam negativamente não apenas na eficácia e qualidade do processo ensino-aprendizagem, mas também sobre o bem-estar e saúde dos docentes (Cruz et al., 2020).  Entre as diversas fontes estressantes e de pressão vivenciadas pelos professores, estão o excesso de atividades, carga horária de trabalho excessivas, intervalos curtos para descanso, ritmo de trabalho acelerado e uma grande necessidade de atenção e concentração frequentemente, que resulta em impactos negativos na qualidade de vida dessa categoria, ocasionando diversos distúrbios de saúde. Dessa forma, o desgaste emocional a que estão expostos os professores os tornam mais vulneráveis a desenvolver transtornos relacionados ao estresse, como por exemplo, a Síndrome de Burnout (SB) que pode ser descrita como uma característica psicossocial que se desenvolve como uma resposta crônica a estressores originados no ambiente de trabalho, especialmente quando há a existência de uma grande pressão, conflitos ocasionais e insuficiência de recompensas emocionais e de reconhecimento. Além disso, o estresse profissional é visto também como resultado das condições de trabalho e individuais, pois os professores muitas vezes não são capazes de lidar com as exigências impostas a eles, logo, em nível mundial, a docência é a segunda categoria mais afetada por doenças ocupacionais, sendo que, desde a década de 80, é considerada pela a Organização Internacional do Trabalho (OIT)  como uma atividade de risco (Fernandes;  Vandenbergue, 2018). CONSIDERAÇÕES FINAIS: Portanto, ressaltando as informações que já foram expostas, foi possível averiguar elementos direcionados às condições de trabalho dos professores, e observar as relações estressantes entre os docentes e o ambiente de trabalho, são elementos que necessita de intervenções para solucionar tais problemas, pois, a visualização desses fatores prejudiciais é essencial para a base de medidas que diminuam os níveis de estresse, com isso, ajudaria a trazer benefícios positivos na saúde mental do profissional e melhoria na vida pessoal, assim como na qualidade de ensino. 

Published

2024-05-03