Atores agravantes para o desmame inadequado dos psicofármacos
Abstract
Introdução: A definição dos psicofármacos está relacionada às substâncias sintéticas, naturais e químicas, que podem atuar no comportamento mental. A maioria dos psicólogos e pesquisadores acreditam que os psicofármacos são substâncias essenciais para o auxílio nas psicoterapias e nas psicofarmacoterapias. Com base nessas informações, é importante questionar: Quais são os fatores agravantes para o desmame inadequado dos psicofármacos? Objetivo: Objetivou-se verificar na luz da literatura científica os fatores negativos que atuam no desmame inadequado dos psicofármacos, De acordo com: Almeida, Fernandes e Ferreira (2021) os sintomas são: Fadiga, agoniação na cabeça, corpo trêmulo, agitação, insônia e tonturas, sinais de abstinência. Metodologia: O presente estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura, a qual visa análises sínteses de conhecimentos e a incorporação dos resultados. A busca dos dados ocorreu no mês de Abril, nas plataformas Biblioteca Virtual em Saúde e National Library of Medicines. Atentou-se aos critérios de inclusão, estudos publicados de texto completos, com assunto principal Psicotrópicos e desmame, no idioma português entre os anos de 2018 a 2023 e como critérios de exclusão: Artigos pagos e/ou que fogem da temática. Utilizou-se os descritores em ciências da saúde “Psicotrópicos, Desmame e Fatores Desencadeantes” com o auxílio do operador booleano OR. Resultados e discussões: O resultado estabelecido pela metodologia, totalizou em 6.595 artigos para análise, após os critérios de inclusão, esse valor reduziu-se para 29 artigos. Logo após aplicação dos critérios de exclusão, totalizou-se 10 estudos para análise dos dados. Os dados obtidos demonstram fragilidades no relacionamento profissional e paciente, dificultando assim o gerenciamento adequado da psicofarmacoterapia, devido o déficit de informações e/ou por imprudência do paciente sobre o desmame inadequado. Por sua vez, essa falha no sistema favorece as alterações de doses, ou suspensão sem orientação médica, e até mesmo a aquisição de novos fármacos não prescritos. Com a realidade desse quadro, por exemplo, pode-se observar o aumento de diazepínicos na população idosa, o que é contraindicado, principalmente se for para uso crônico ou no intuito de substituir por outro medicamento, na tentativa de surtir o mesmo efeito. De acordo com Sousa e colaboradores (2020) os adolescentes, por sua vez, estão mais expostos ao uso de outras substancias psicoativas, como as drogas ilícitas, dificultando assim a farmacocinética e farmacodinâmica das medicações, interrompendo o uso contínuo por esquecimento ou resistência a medicação, alterando assim os resultados e, por isso, o tratamento pode se alongar mais do que o necessário. É importante ressaltar que os estudos levantam relatos de pacientes que não participaram do processo de escolha dos fármacos que lhes foram medicados contra sua própria vontade. É sabido que, existem medicações mais agressivas, e outras menos agressivas, que ambas poderão serem ministradas e com os mesmos resultados, sendo a diferença, nos efeitos colaterais, que por sua vez serão mais severos. Como citado anteriormente, existem falhas na comunicação, gerenciamento e coparticipação dos pacientes/responsáveis pela medicação ofertada. Considerações finais: O presente estudo apresenta limitações, por se tratar de uma revisão de literatura e por isso, aborda fontes secundárias de informação. Há ausência de informações sobre uso de psicofármacos em crianças também se sustentou como uma dificuldade no processo de pesquisa.
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