PREVALÊNCIA DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS NA TERAPIA DE IDOSOS POLIFÁRMACOS

Autores

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde. Interações de Medicamentos. Polimedicação.

Resumo

O presente estudo objetivou verificar a ocorrência de interações medicamentosas presentes na terapia farmacológica de pacientes idosos em uma Unidade Básica de Saúde de um município localizado no Sul do Ceará. Foram selecionados 70 prontuários sendo 43 inclusos por estarem em acordo com os critérios de inclusão e 27 foram excluídos por ilegibilidade ou informações incompletas, dentre os fármacos mais prescritos estavam Hidroclorotiazida (10%), Losartana e Metformina (7,5%), AAS e Sinvastatina (4,5%), e outros, e quando avaliado o grau da polifarmácia considerando o conceito de classificação numérica utilizada por VEEHOF et al., (2000) encontrou-se que 34,8% (15) era do tipo leve, 39,5% (17) do tipo moderado e 25,5% (11) do tipo grave, desses 43 idosos, 38 apresentam interações na sua terapia medicamentosa revelando uma prevalência de 0,89%, o número de interações encontradas foram de 189, sendo 15 classificada como principal, 160 como moderada e 14 como menor. A polifarmácia está presente em diversas terapias medicamentosas de pacientes idosos acometidos por doenças crônicas e não crônicas, servindo como base para um maior entendimento do uso de polifármacos por usuários da atenção primária, e com isso, conscientizar a equipe de profissionais de saúde a necessidade de uma reflexão voltada para compatibilidade farmacológica entre os fármacos prescritos.

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Publicado

2020-07-22

Edição

Seção

Relatos de Pesquisa