Evolução histórica da educação para deficientes visuais: desafios, inclusão social e resiliência

Autores

  • Pedro Augusto Costa de Oliveira
  • Evandro Nogueira de Oliveira

Resumo

Introdução: A deficiência visual, ao longo da história, esteve associada a perspectivas mágico-religiosas na Idade Média, resultando em marginalização e exclusão social. No entanto, avanços como a criação do sistema Braille e a fundação da primeira escola para cegos na França buscaram integrar os deficientes visuais à sociedade. No Brasil, o Imperial Instituto de Meninos Cegos, estabelecido no século XIX, foi um marco na educação para pessoas com deficiência visual, contribuindo para sua reintegração social. Objetivo: Este trabalho visa realizar uma investigação aprofundada sobre a evolução histórica da educação para deficientes visuais, abordando desde as perspectivas medievais até os avanços contemporâneos. O foco está na compreensão dos desafios enfrentados, nas políticas inclusivas e na resiliência no contexto da deficiência visual. Metodologia: A metodologia empregada baseia-se em uma pesquisa bibliográfica, abrangendo artigos científicos e estudos publicados nos últimos cinco anos. A revisão da literatura explora aspectos históricos da deficiência visual, políticas inclusivas no Brasil, e estratégias do Ministério da Educação para tornar os ambientes escolares mais acessíveis. A análise crítica dessas fontes permite uma compreensão aprofundada das transformações na abordagem educacional para deficientes visuais. Resultados e Discussões: A revisão da literatura também destaca a evolução do conceito de inclusão social, particularmente no contexto da deficiência visual. A Lei 13.146, conhecida como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), representa um marco legal fundamental para garantir direitos e promover a igualdade de condições. No entanto, a efetivação da inclusão social na educação demanda não apenas medidas legais, mas a implementação de políticas educacionais que garantam acessibilidade e qualidade no ensino. A análise das políticas do Ministério da Educação revela avanços, como a oferta de cursos de formação continuada para professores e apoio financeiro para adaptações arquitetônicas nas escolas. No entanto, persistem desafios na concretização dessas medidas, especialmente no que diz respeito à formação especializada e ao atendimento qualificado para alunos com deficiência visual. A inclusão real vai além da infraestrutura física, requerendo práticas pedagógicas inclusivas e personalizadas. Quanto à resiliência no contexto da deficiência visual, a revisão da literatura destaca que ela é um fator crítico na superação de obstáculos e na construção de uma identidade positiva. Os relatos de experiência, como o de Marco Antônio Queiroz (MAQ), fundador do site Bengala Legal, evidenciam a diversidade de vivências e a importância da resiliência diante dos desafios enfrentados por pessoas com deficiência visual. Além disso, a compreensão contemporânea da resiliência como um fenômeno complexo, influenciado por fatores interpessoais, culturais e institucionais, ressalta a necessidade de uma abordagem integrada na promoção da resiliência. Medidas como a sensibilização da sociedade, a implementação de práticas inclusivas nas escolas e o apoio psicossocial emergem como estratégias fundamentais para fortalecer a resiliência de pessoas com deficiência visual. Considerações Finais: Esta pesquisa ressalta a importância de compreender a evolução histórica da educação para deficientes visuais e os desafios contemporâneos da inclusão social. A resiliência surge como uma ferramenta crucial para enfrentar as adversidades, destacando a necessidade de políticas e práticas que promovam não apenas a inclusão, mas também o bem-estar psicológico e a qualidade educacional para pessoas com deficiência visual. O estudo reforça a importância de medidas efetivas na criação de ambientes educacionais verdadeiramente inclusivos.

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Publicado

2024-06-28