Suicídio na família contemporânea e as repercussões ocasionadas pelo luto
Resumo
INTRODUÇÃO: De acordo, com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o suicídio é caracterizado por um ato intencional, cuja finalidade consiste em acabar com a própria vida. Nesse sentido, vale salientar, que a cada 40 segundos, uma pessoa executa o ato, em busca de um refúgio para o seu desespero. A prática do suicídio atinge atualmente a totalidade das camadas sociais em todas as partes do mundo, não prevalecendo idade, sexo, cor, raça, etnia, religião, classe social ou condição financeira. Muitos são os motivos que leva a pessoa a cometer o suicídio. Foi abordado discussões acerca do suicídio e como os seus impactos chegam, juntamente com um adoecimento psíquico intenso na vida do sujeito. Tendo em vista o processo de enlutamento em decorrência do suicídio de um familiar, e como é subjetivo a vivência e interpretação de cada um, bem como é essencial o auxílio profissional para ressignificação do evento traumático. Desse modo, vale ressaltar os impactos da família contemporânea, acusados aos indivíduos e as consequências que neles implicam. No século XXI, novos tipos de família estão sendo reconhecidos. Uma vez que, perdurou por muito tempo o entendimento de família ser constituída por um homem e uma mulher. O contexto vivenciado atualmente, as famílias contemporâneas surgem com um novo modelo de funcionamento, tal qual pode contribuir significativamente para o adoecimento de seus membros, a falta de diálogo entre os mesmos, pode ocasionar um isolamento levando o indivíduo a um adoecimento em decorrência da falta de comunicação com os envolvidos. OBJETIVO GERAL: Descrever as repercussões ocasionadas pelo luto por suicídio na família contemporânea; OBJETIVO ESPECÍFICO: Apresentar a definição da família contemporânea; Definir suicídio; Discutir acerca do luto. METODOLOGIA: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica qualitativa a partir de textos de livros e artigos escolhidos de forma não probabilística por conveniência. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Copiosamente, é um tema estudado visto que é um assunto de saúde pública. O luto pelo suicídio, não pode se qualificar em uma dimensão reducionista, onde a pessoa enlutada é vista simplesmente como uma “coitada”, o processo é muito mais complexo do que se possa imaginar, assim como não podemos reduzir em uma única compreensão, pois existem diferentes formas e interpretações de vivenciar o luto. Além do fato de lidar com a morte repentina e toda repercussão de culpabilização, incertezas e tristezas, faz-se necessário a habilidade para lidar com a ausência do ente querido, a culpabilidade está impregnada com um desejo intenso de reverter ou aliviar a angústia causada pela perda, a pessoa pode fazer promessas a si mesma, ou a forças superiores, com a esperança de que isso suavize a dor. Essa fase retrata a busca desesperada por algum comando sobre a situação, porém é crucial reconhecer que nem todas as circunstâncias estão sob nosso domínio, conforme o indivíduo avança no processo, a necessidade de barganhar tende a diminuir. A tristeza é uma emoção humana comum, podendo, assim, surgir como resposta a um evento doloroso ou traumático, por exemplo, a morte de um familiar por ocorrência do ato suicida. No entanto, há casos em que a tristeza se torna mais intensa e persistente, interferindo em seu funcionamento da rotina comum, afetando então sua qualidade de vida, em diversos aspectos. Nesses casos, esse pode ser um indicativo de uma tristeza patológica, como a depressão, requerendo, então, cuidados diferenciados e especializados com ajuda profissionalizada. Com o advento das transformações ocorridas com a industrialização, urbanização e organização da população, ocasionou um novo modelo de família contemporânea representada pela multiplicidade de estruturas entre pessoas adultas e filhos. Os impactos repercutem de uma forma mais intensa, por muitas vezes a família se culpar e exagerar na autocobrança de não ter feito algo que pudesse impedir, e se perguntarem o que poderiam ter feito. CONCLUSÃO: Conclui-se que assim, o suicídio pode gerar várias problemáticas na família, bem como consequências psicológicas e emocionais, as mesmas que impactam as áreas sociais e econômicas, sendo assim um fator desestruturante no contexto familiar. Por isso o processo de posvenção deve ser trabalhado com profissionais qualificados, para que desse modo, a família e os que vivenciaram o evento traumático, consigam ressignificar o impacto causado pela dor.
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