Toxoplasmose na gestação e o impacto na Saúde Pública

Resumo

O objetivo do presente estudo foi investigar o conhecimento, as atitudes e as práticas das gestantes em relação à toxoplasmose, visando compreender a percepção do risco e o impacto na saúde pública, a fim de fornecer subsídios para o desenvolvimento de estratégias de prevenção e controle eficazes. A toxoplasmose é uma infecção causada pelo parasita Toxoplasma gondii, que pode representar um sério risco para mulheres grávidas e seus fetos. Durante a gestação, a infecção por toxoplasmose pode resultar em complicações graves, como aborto espontâneo, parto prematuro, malformações congênitas e danos neurológicos irreversíveis no feto. Esses impactos têm levado a crescente preocupação em relação à saúde pública, considerando-se a prevalência significativa da infecção em diversas regiões do mundo e as repercussões socioeconômicas e de saúde a longo prazo. O projeto tem destacado a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e controle da toxoplasmose durante a gravidez, envolvendo medidas como a conscientização pública, triagem e testes regulares para identificação precoce da infecção, além de intervenções terapêuticas adequadas para reduzir o risco de transmissão vertical. Além disso, a implementação de programas de educação em saúde direcionados a mulheres grávidas e profissionais de saúde tem sido enfatizada como uma abordagem crucial para mitigar os impactos adversos da toxoplasmose na saúde pública. Diante desse contexto, elaboramos questionários com uma abordagem multidisciplinar e colaborativa que integre com o público alvo, as gestantes para o desenvolvimento de estratégias abrangentes de prevenção, detecção precoce e manejo eficaz da toxoplasmose durante a gestação. Combinando esforços para melhorar o acesso a informações precisas e recursos de saúde adequados, é possível reduzir o ônus da toxoplasmose na saúde pública e promover melhores resultados de saúde materna e infantil. Efetuou-se uma palestra informativa com as grávidas, no Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) na cidade de Umari/CE, no ato esteve presente 07 gestantes. Na ação montamos um slide com alguns tópicos sobre a temática, em seguida realizamos questionários antes da apresentação e após, para coletarmos resultados sobre conhecimento do nosso público alvo. Na oportunidade, também realizamos sorteio com brindes para as gestantes e distribuição de folders informativo. Foi realizado um questionário pré-intervenção, com 05 questões, onde na primeira questão enfatiza o conhecimento prévio sobre a toxoplasmose, onde 90% das gestantes responderam que sim e 10%  não; na segunda questão ressalta sobre como a doença é transmitida, onde 15% responderam que sim, através do consumo de alimentos contaminados; 42% respondem que sim, através do contato com fezes dos gatos infectados; 15% que sim, através da ingestão de carne crua ou mal cozida; e 28% que não tinha certeza. Perante o estudo de Soares et.al. (2019), o conhecimento da transmissão da toxoplasmose em alimentos mal cozidos refere-se a 71,6%, o que demonstra contrariedade e uma falta de perspectiva por parte das gestantes entrevistadas, com uma taxa de informação a 15%. Isso torna perceptível que a região atingida na intervenção contém pouco saber sobre a etiologia da doença, tendo assim uma considerável importância da concepção da enfermidade para a microregião escolhida. Na terceira questão aponta se possuem gatos em casa, 28% responderam que sim; 72% que não; na quarta questão ressalta se possuíam gatos quais eram as medidas de higienização, 14% responderam que evitava limpar a caixa de areia dos gatos; 14% responderam que usava luvas e lavava bem as mãos após limpar a caixa de areia; 72% responderam que não tinha gato em casa; na quinta questão focaliza quais cuidados elas tinham durante a gravidez, 28% que sim, evitava consumo de carne crua ou mal cozida; 72% que sim, lavava bem as frutas e verduras antes de consumi-las. Posteriormente a palestra, intervermos o questionário com 05 questões, na primeira questão indaga qual é o agente causador da toxoplasmose, 14% responderam que era bactéria; e 86% que era protozoário; na segunda questão interroga qual é a principal forma de transmissão da toxoplasmose para seres humanos, 100% responderam pela ingestão de alimentos contaminados; na terceira questão questiona qual grupo mais vulnerável a infecção por toxoplasmose, 100% responderam que eram as mulheres grávidas; na quarta questão ressalta como a toxoplasmose é diagnosticada, 100% responderam através de exames de sangue para detecção de anticorpos; a quinta questão indaga se estavam cientes dos riscos da toxoplasmose para o feto durante a gravidez, 100% responderam que sim, estavam bem informada sobre os riscos. Perante o estudo a indagação em relação as gestantes se contaminar durante a gravidez e trazer riscos ao seu bebê, demonstrou que 78,2% entendem os riscos, o que ressalta que as gestantes entrevistadas demonstrou uma taxa de informação de 100% que estava ciente das ameaças que a patogenia provoca ao feto. Isso demonstra que o publico alvo está informado ao impacto que pode causar ao que tange a saúde materno-fetal. (SOARES et.al, 2019). Com isso, utilizamos de ferramentas estatísticas apropriadas para analisar os dados coletados, incluindo medidas de associação entre fatores de risco e incidência de toxoplasmose congênita, como também a análise de dados qualitativos para compreender a percepção das gestantes sobre a doença e as barreiras para adesão às práticas preventivas. Conclui-se que os questionários abordam a temática da toxoplasmose durante a gestação desempenham um papel crucial na avaliação e monitoramento da saúde pública. Através da coleta de dados pertinentes, como histórico de exposição, hábitos alimentares e condições de higiene, é possível identificar áreas de risco e implementar estratégias eficazes de prevenção e controle da infecção. Além disso, tais questionários fornecem informações valiosas que contribuem para a conscientização das gestantes sobre os riscos associados à toxoplasmose, promovendo a adoção de medidas preventivas e o manejo adequado da doença, reduzindo assim os impactos negativos na saúde materno-fetal. Portanto, a utilização de questionários específicos, sobre a patogenia durante a gestação pode ser considerada uma ferramenta essencial na promoção da saúde pública e na redução da incidência de complicações relacionadas a essa infecção durante a gravidez e trazemos impacto positivo.