A inclusão de crianças com deficiência intelectual no ambiente escolar
Resumo
Introdução: A Deficiência Intelectual- DI, surge normalmente na infância e é considerada um atraso cognitivo, por gerar limitações no funcionamento e habilidades cognitivo e comportamental, onde apresenta dificuldades em executar tarefas do dia a dia, prejudicando assim, as capacidades adaptativas, onde a criança aprende de forma mais lenta do que uma criança com desenvolvimento típico. A inclusão escolar em escolas regulares, permite que a criança aprenda, desde que aconteçam adaptações curriculares e práticas pedagógicas inclusivas, o que exige a disposição de recursos e procedimentos não uniformes, mais pragmáticas, que permitam a criança atípica a ir além da sua limitação. O presente estudo tem como objetivo apresentar a relevância da inclusão escolar de crianças com Deficiência Intelectual, em escolas regulares, com base em práticas pedagógicas ativas e diferenciadas que possibilitem uma relação entre a educação e a neuroplasticidade. Método: Para tanto, a pesquisa realizada, trata-se de uma revisão bibliográfica e qualitativa, através de artigos científicos e revistas acadêmicas que deram a fundamentação necessária para o embasamento do trabalho. Resultados e discussões: De acordo com o material estudado, o funcionamento cognitivo de crianças com Deficiência Intelectual é abaixo da média, ou seja, é inferior ao que se é esperado para a idade cronológica de uma criança típica e afeta as capacidades de aprendizagem. Mesmo tendo leis que asseguram a inclusão destas pessoas nas escolas, ainda encontramos barreiras dentro das instituições de ensino, como preconceito, ausência de uma formação adequada ao docente, proporcionando assim a falta de interesse do aluno, pois estes não se sentem inclusos e acabam ficando desmotivados. Existem as políticas inclusivas, porém algumas famílias ainda não tem o conhecimento para exigir a efetivação destas. As escolas precisam garantir o ensino e o aprendizado para todos os alunos. Quando não houver a evolução esperada no aprendizado, deverá acontecer uma investigação e posteriormente, uma devolutiva dos avanços ou não deste aluno. Como norteadores, podemos citar o Projeto de Desenvolvimento Individual do aluno (PDI), que possibilita trabalhar as dificuldades e as potencialidades individuais, desta forma propõe a equidade de forma equânime. O resultado do estudo aponta a necessidade de uma ruptura do sistema de escolarização, através da formação continuada de professores, que permitam inserir crianças atípicas em salas de aula regulares. Considerações Finais: É importante que aconteça a capacitação das escolas regulares, como um todo, professores, coordenadores, diretores, para que aconteça uma inclusão de forma contínua dentro de toda a comunidade escolar, associado a uma boa participação da família no acompanhamento de sua criança, fazendo com que através disso seja feita uma estrutura adequada para todos os alunos em questão. É relevante sugerir mais formações voltadas para o acompanhamento de crianças com deficiência intelectual visto que há uma limitação no seu funcionamento e nas habilidades cognitivas, de comunicação, social e de autocuidado, visto que estas crianças aprendem de maneira diferente de uma criança típica. Podemos concluir almejando que a sociedade perceba a inclusão educacional como transformação de um sistema de ensino regular que está defasado há algum tempo, que a escola busque sempre a melhor maneira de acolher e respeitar, afinal educação é um direito de todos. Destacamos a necessidade de ampliar e formular as formações existentes para os profissionais da educação e proporcionar suporte para o desenvolvimento de habilidades específicas.
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