Condição social da mulher brasileira no meio trabalhista

Autores

  • Crisangela Martins Ferreira Paulino
  • Giovanna Damiana Lavor Monteiro
  • Thalia Ferreira de Souza Moura
  • José Erison Noronha Félix Centro Universitário Vale do Salgado
  • Tadeu Lucas de Lavor Filho https://orcid.org/0000-0003-2687-1894

Resumo

Introdução: Atualmente é notório o quanto a condição social da mulher brasileira no meio trabalhista é precária, visto que milhares delas todos os dias acabam se tornando alvo  principalmente da desigualdade de gênero e ainda é considerada pela sociedade como inferior, tendo que dedicar sua vida unicamente ao serviço doméstico e maternagem cujo há uma ideia que a mulher além de ser do lar é um objeto para exercer um cuidado. Essas desigualdades consequentemente atingem na estrutura do âmbito trabalhista referente a inferioridades persistentes como baixo salário, no qual são exercidos os mesmos papeis porém com remunerações diferentes como também cargos supostamente melhores para mulheres. Há também a prevalência do assédio moral e sexual como exposições constrangedoras e humilhantes, o que segundo a Jurista Gabriela Manssur causa receio das vítimas que procuram denunciar pois temem a realidade de desemprego no país, tendo em vista o peso que essa denúncia tem no meio ocupacional, entretanto quando ocorre a denúncia; segundo dados do Tribunal Superior do Trabalho (TST) somente em 2021, foram ajuizados na Justiça do Trabalho, mais de 52 mil casos relacionados a assédio moral e mais de três mil relativos a assédio sexual em todo o país, provando que tais violências são numerosas no mundo do trabalho. Outro viés são os padrões de beleza como uso de saltos diariamente, que segundo o profissional ortopedista Luciano Miller  no site CNN BRASIL podem causar danos irreversíveis como Sesamoidite, hérnia de disco, hiperlordose, entre outros danos à saúde outrossim a maquiagem e cabelos super contidos também fazem parte de algo que é imposto para as mulheres, diariamente tornando-lhes escravas do mercado e gerando consequências negativas tais como baixa estima, dependência de produtos embelezadores,  autocobrança de “boa aparência” entre outros. Objetivo:  Discutir as precarizações que acometem a condição social da mulher nos âmbitos do mundo do trabalho. Metodologia: Foi realizada uma pesquisa bibliográfica entre nos anos de 2017 a 2022, que se encontram na plataforma Periódico CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) utilizando as palavras chaves: Mulher, Trabalho, Vulnerabilidade, totalizando 28 (vinte e oito)  artigos recuperados e 5 (cinco) incluídos como base.  Resultados e discussões: Dessa forma  conclui-se que a condição social da mulher brasileira no meio trabalhista, tem se tornado cada vez mais rígida no qual há uma exigência bastante resistente em que se faz necessário uma reforma congruente à saúde das mulheres nesse âmbito. Siqueira e Bussinger (2020) abordam o impacto do movimento feminista nas relações sociais de sexo ao longo dos últimos 200 anos. As autoras destacam as conquistas das mulheres, como o direito ao voto, o divórcio e a independência financeira, assim como a maior presença feminina no mercado de trabalho. No entanto, as autoras também ressaltam que ainda há muito a ser feito em relação à igualdade de gênero, especialmente no Brasil, onde as mulheres negras e de classe baixa ainda sofrem com a precarização do trabalho e a desigualdade salarial. É importante destacar que as políticas públicas voltadas para as mulheres ainda são insuficientes e muitas vezes descontinuadas. A falta de creches e escolas em tempo integral, por exemplo, dificulta a vida das mulheres que precisam trabalhar e cuidar dos filhos. Ainda há uma cultura que valoriza mais a dedicação integral à carreira do que a responsabilidade compartilhada com a família. Isso torna mais difícil para as mulheres conciliarem o trabalho e a vida pessoal, o que pode afetar sua produtividade e oportunidades de progresso profissional. Considerações finais: É necessário promover ações cidadãs conjuntas voltadas para o enfrentamento da escassez direcionada ao respeito dos direitos humanos e principalmente das mulheres,  como também seus efeitos nocivos na construção social e profissional. É fundamental se posicionar diante dos dilemas enfrentados pelas mulheres nessa inserção no mercado de trabalho.

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Publicado

2024-04-19