A importância do acompanhante terapêutico de crianças autistas em escola regular
Resumo
O autismo é um transtorno neurológico do desenvolvimento que afeta a comunicação, a interação e padrões restritivos e repetitivos de comportamento, com interesses fixos e hiposensibilidade ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais. O autismo é considerado um espectro porque engloba diferentes características e graus de suporte, no qual pode ser identificado nos primeiros meses de vida da criança. Possui diferentes graus de severidade, onde cada pessoa autista é única em suas habilidades e necessidades. O acompanhante terapêutico (AT) desempenha papel fundamental no suporte e desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista, contribuindo na melhoria das habilidades de comunicação, interação social e autonomia, além de buscar substituir comportamentos indesejados ou inadequados por comportamentos alternativos, sob a supervisão de um psicólogo, para garantir um trabalho abrangente e eficaz. O AT é fundamental no ambiente escolar, dentro e fora da sala de aula, pois busca continuamente a integração da criança autista, com as atividades propostas pelo professor, respeitando a subjetividade, as limitações e as potencialidades da criança, onde a inclusão e garantia de direitos não está somente no ato da matrícula, mas sim, no desenvolvimento integral da criança. O acompanhante terapêutico escolar, auxilia no desenvolvimento de uma educação mais inclusiva, levando em consideração a subjetividade, ampliando oportunidades entre as crianças, os professores, os colegas e as famílias, enxergando a criança em sua totalidade, conhecendo as potencialidades e capacidades e respeitando a singularidade de cada criança. O objetivo da pesquisa é compreender como acontece o acompanhamento terapêutico escolar de crianças autistas a partir de uma análise de literatura científica. Sendo assim, a pesquisa é de abordagem qualitativa, onde os materiais bibliográficos para catalogação do conteúdo, foram pesquisados no Google Acadêmico, no Pepsi e na SciELO. Os resultados apontaram que mesmo as crianças tendo direitos estabelecidos em lei, na prática essa inclusão não acontece como deveria, necessitando da criação de um espaço favorável e acolhedor que promova a autonomia e o desenvolvimento de todas as crianças, oportunizando-as a participação de forma ativa de todos os espaços que ela queira estar, onde o acompanhante terapêutico possibilita a inclusão da criança, criando pontes de oportunidades nesse meio. Conseguimos constatar que algumas escolas ainda não conhecem o papel do acompanhante terapêutico, onde algumas vezes acabam contratando outros profissionais, como monitores, para dar esse suporte às crianças, onde geralmente não têm a formação para desempenhar essa função e acabam não desenvolvendo as práticas fundamentais e necessárias. Entendemos que o acompanhante terapêutico busca recursos apropriados para facilitar as interações das crianças autistas com os seus pares, apoiando-as nas atividades da sala de aula, proporcionando assim, uma melhor compreensão dos processos de ensino e aprendizagem e a construção da sua autonomia, contribuindo de forma significativa com o emocional, o social e o cognitivo. Podemos concluir que a inserção do acompanhante terapêutico adjunto a crianças autistas, promove inúmeras oportunidades com a inclusão e o desenvolvimento destas e que ainda existe um longo caminho para que a inclusão aconteça de modo efetivo e integrado nas escolas, necessitando assim, de um espaço de acolhimento para essas crianças e de qualificação profissional para todos os colaboradores das escolas.
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